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IT Lean anuncia convênio de cooperação com unidade de sistemas digitais da FDTE para acelerar inovação
Acordo une operações para integrar tecnologia e educação com foco em impacto social e expansão global

Quando uma empresa de tecnologia e uma fundação acadêmica decidem unir forças, o resultado tende a ir além da lógica tradicional de mercado. Foi o que aconteceu com a IT Lean e a unidade de Desenvolvimento de Sistemas Digitais (DSD) da Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE), instituição ligada à Universidade de São Paulo (USP). A DSD é a frente da fundação dedicada à criação de soluções de software e hardware e atua como um centro de competência em inovação tecnológica.
O movimento marca a união das operações, já que a FDTE é uma fundação sem fins lucrativos e o acordo é formalmente classificado como um convênio de cooperação técnica e operacional. Na prática, trata-se de uma integração completa de estruturas, equipes e propósitos. Os termos financeiros do acordo não foram divulgados.
Bira Padilha, fundador e CEO da IT Lean, conta que desde a fundação da empresa, que atua há 13 anos com projetos de transformação digital, rejeitou dezenas de propostas de fusão e aquisição nos últimos anos. “Nunca quis fazer esse movimento”, confidencia com exclusividade o IT Forum. “As conversas sempre giravam em torno de lucro e corte de custos, e isso não faz parte do nosso DNA. Quando conheci a FDTE e entendi que a Fundação coloca a formação das pessoas no centro, eu me apaixonei pela proposta. Estamos unindo educação e tecnologia para transformar o Brasil.”
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“Vamos operar juntos, com as mesmas políticas, estruturas e oportunidades, ampliando nossa missão de mostrar que é possível fazer uma empresa de software brasileira com padrão global, sem abrir mão do cuidado com as pessoas”, conta Rafael Gonçalves, diretor da FDTE e responsável pela DSD.
A integração nasceu de um ponto em comum: a crença de que tecnologia e educação caminham lado a lado. “Nos perguntávamos se desenvolvíamos software ou pessoas. Percebemos que não dá para separar as duas coisas”, diz Gonçalves. “Queríamos uma parceira que tivesse essa mesma bandeira.”
O convênio une cerca de 400 profissionais das duas instituições e deve alcançar 600 pessoas até o final de 2026, com meta de R$ 100 milhões de faturamento no próximo ano. A previsão é de que, até 2027, o grupo atinja mil colaboradores e R$ 200 milhões em receita anual, com presença internacional consolidada.
Padilha segue à frente da operação executiva, com a mesma essência empreendedora. “Permaneço decidindo, liderando e mantendo nosso jeito de fazer. A diferença é que agora fazemos isso com uma estrutura mais robusta, mais acesso e uma missão ampliada.”
Expansão, IA e novos mercados
A DSD agrega um histórico de peso em sistemas financeiros e de saúde, áreas que se tornam agora verticais estratégicas para a nova empresa. A unidade foi responsável por participar da arquitetura de projetos que marcaram a história da digitalização bancária no País, como o sistema de TED e os boletos registrados, que abriram caminho para o Pix.
“Essas duas verticais (saúde e finanças) continuarão sendo prioridade”, diz Gonçalves. “São setores em crescimento constante e com muito espaço para soluções de dados e automação”, completa.
Do lado da IT Lean, a empresa soma força com sua base em varejo e saúde, atendendo grandes clientes nesses mercados. O foco agora é construir produtos e serviços com maior grau de automação e inteligência artificial (IA) aplicada.
“O grande tema de hoje é automatização com IA”, diz Padilha. “Não se trata de reduzir pessoas, mas de fazer mais com o mesmo contingente. Usamos IA desde a captura de requisitos até o desenvolvimento final. Nosso modelo de squads é medido por sucesso, o cliente só paga quando entende que o resultado foi entregue.”
Com a estrutura da FDTE, a operação também ganha musculatura internacional. A fundação já atua com projetos nos Estados Unidos, Europa e Singapura, e vê espaço para levar soluções brasileiras para novos mercados. “Temos conhecimento em finanças e saúde digital, e muitos países da América do Sul estão buscando replicar modelos que o Brasil desenvolveu com sucesso”, reforça Gonçalves.
Impacto social como motor de crescimento
O aspecto social é um dos pilares mais fortes da nova operação. Desde 2019, a IT Lean mantém o programa IT Lindos, que forma jovens de comunidades em tecnologia. Os participantes, muitas vezes vindos de situações de vulnerabilidade, são contratados desde o primeiro dia, com salário e benefícios, e passam seis meses em formação para se tornarem desenvolvedores júnior.
“Esses talentos passam a ter emprego formal e a acreditar que podem ir muito além. Com a FDTE, vamos ampliar o programa e formar dezenas de novas turmas por ano.”
A fundação, por sua vez, mantém iniciativas como o Sun Rainbow, um programa que estimula o empreendedorismo tecnológico em comunidades vizinhas à USP, criando pequenas fábricas de brinquedos e alimentos com apoio acadêmico.
“É uma atuação complementar à da IT Lean”, assina Gonçalves. “Enquanto o Bira foca em inclusão tecnológica, nós trabalhamos com empreendedorismo local. Agora, vamos somar esforços.”
Além disso, o Instituto Bira Padilha, ONG fundada há cinco anos, atende cerca de 4 mil pessoas por mês, com doações de alimentos, kits de higiene e ações de combate à pobreza menstrual. “Um por cento do faturamento da IT Lean vai direto para o Instituto”, lembra Bira. “Nossos clientes sabem que, ao contratar nossos serviços, também estão ajudando a transformar vidas.”
Expectativas
Mais do que sinergia operacional, o convênio entre IT Lean e FDTE é um projeto de longo prazo. “Queremos provar que existe um modelo de empresa de tecnologia que dá certo, que é sustentável, forma pessoas e gera impacto real”, pontua Gonçalves.
Padilha projeta um horizonte audacioso. “Queremos fomentar um ecossistema que forme talentos, reduza desigualdade e torne a tecnologia mais acessível. Além de mostrar que é possível unir periferia, universidade e corporações num mesmo propósito”, encerra ele.
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